top of page

ARTIGOS

Ao longo dos anos contribuí para com revistas independentes, projetos culturais e mídia alternativa. 
Nesta seção disponho algumas destas contribuições, dentre estudos, traduções e divulgações.

heide 1.jpg

EM BUSCA DE SENTIDO PARA O ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO (PRIMEIRA PARTE)

04 de Setembro de 2019

Recuperar o irromper de algo, reavendo as forças, as condições e os meios desse começo, é o caminho que se abre na iminência da ruína, do aniquilamento, do esvaziamento. Do fim, propriamente. E é desse presságio que aquela recuperação toma fôlego. Os olhos e mãos que tomam do pincel ou do telescópio para produzir não são os mesmos que recuperam o vigor de uma origem e o atualizam para perto de nós. Com o propósito de validar o significado do ensino superior brasileiro no pressentimento da sua desintegração e falta de sentido, isto é, do seu destino de dissolução, este ensaio se aventura em circuitos históricos que podem, talvez, tornar a iluminar a essência da educação superior no traço que melhor a determina enquanto tal – sua liberdade. E uma vez aclarada esta essência, cabe a missão comum de estudantes e mestres de, a partir do pensamento de Martin Heidegger, decidir por sua guarda e encaminhamento na luta pela propriedade de si, ou por sua recusa e esquecimento na decadência pelo estranhamento de si.

image21.png

EM BUSCA DE SENTIDO PARA O ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO (SEGUNDA PARTE)

04 de Setembro de 2019

Finalmente, eclodimos no termo do enraizamento no povo como uma retomada autêntica do sentido do educar, não como tenderíamos a dizer: para aquele que pergunta pelo sentido do educar, mas para aquele único ente, o ser-aí humano, ao qual o educar aparece como uma questão proveniente de um certo entendimento prévio a respeito do sentido do ser. Se educar, partindo da hermenêutica do ser-aí, tem algo com cultivo e questionamento incessante, o ser-aí estudante não pode ser restringido à cega adesão de alguma interpretação cosmológica absolutamente alheia aos seus projetos existenciais, mas liberado para questionar o seu convívio, seu real legado, iluminar sua origem, e assim remover os obstáculos sedimentados para, por fim, assenhorando-se do seu destinar desconhecido, declamar erigido ao alto: “Puro saí das águas consagradas/Pronto a me alar às lúcidas estrelas”. E que estas estrelas estejam fixadas sob o mesmo céu em que repousa, desperta, ama e trabalha.

z1_edited.jpg

O ESTUDO POLÍTICO A PARTIR DE CHRONO TRIGGER EM "A CIVILIZAÇÃO ETERNA": UMA ENTREVISTA COM O AUTOR J. O. BILDA

18 de Maio de 2020

"Jonas Otávio Bilda é formado em Psicologia e Filosofia e se denomina livre-pensador em sua homepage profissional. É autodidata em História, Religião, Arte, Educação, Literatura e Política, e trabalha como tradutor, revisor e consultor literário, além de se dedicar à produção autoral, também como ghost writer. Oriundo de família báltica e natural de São Paulo, reside em Santa Catarina há 17 anos. É autor da pesquisa acadêmica sobre Psicologia Clínica que tornou-se livro O Alvorecer das Artes do Ser (Luminária, 2016). Também publicou ensaios filosóficos sobre Literatura, Educação Clássica e Crítica Moral com o livro epistolar Cartas de um Solícito Acompanhante (Multifoco, 2018); e é o primeiro tradutor e organizador em livro na América Latina do documento russo-ucraniano Livro de Veles um texto histórico sobre religião eslava pré-cristã, no prelo pela Editora Multifoco."

116885812_amor-jupiter-juno.jpg

HOMERO, EDUCADOR DE HOMENS E MULHERES

01 de Setembro de 2021

Como que à sombra de uma tília e um carvalho amorosamente envolvidos, me protejo sob os excelentes estudos do literato David de Souza que abordou histórica e sociologicamente as origens da moral grega a partir de um referencial filosófico helenista bastante sólido dentre antigos e contemporâneos; e do historiador A. Pinto de Carvalho que promoveu uma esclarecedora comparação entre Homero e Hesíodo no tocante a noção de excelência moral com base nos próprios poemas. São aqui estes dois encorpados artigos de pesquisa bibliográfica nada mais que aênea couraça para outra de minhas temerosas audácias imaginativas, posto que minha coragem e vontade são guiadas pelos próprios versos homéricos confiados pelo legado de Manuel Odorico Mendes. Vem, ó preclaro meu; tomo-te a frente qual jônia maga na heroica guia do dárdano primor pelos umbrais tenebrosos!

hospital-mental-min.png

A DOENÇA MORTAL DA PSICOLOGIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DE FOUCAULT E KIERKEGAARD

16 de Julho de 2021

Desde metade do século XX, a Psicologia no Brasil é considerada uma profissão e teve este reconhecimento pela lei nº 4.119 de 27 de agosto de 1962, e formou seu conselho profissional em 1971, o Conselho Federal de Psicologia, regulamentado pelo Decreto 79.822, com o objetivo de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, promovendo inclusive espaços de discussão sobre os temas de preocupação da área de atuação e sua relação com a realidade social. E isto foi possível apesar da diversidade de abordagens existentes no seu âmbito epistemológico e metodológico. Entretanto, fundamentalmente, estas abordagens aparentemente distintas não se desfizeram dos pressupostos racionalistas, positivistas e empiristas. Esta multiplicidade de psicologias pretende descrever o homem e se construir a partir de estruturas biológicas. Reduz o objeto de investigação ao corpo ou a deduções de funções orgânicas. A própria pesquisa em psicologia não é mais que um ramo da fisiologia. O brado da caduquice positivista no trabalho real da Psicologia é lançado pelo crítico Michel Foucault (1926-1984).

1_du5GdPhXLlIJbu4n_RS4lg.png

"HISTÓRIA", UM ENSAIO POR R. W. EMERSON - TRADUÇÃO DE J. O. BILDA

27 de Dezembro de 2020

“História” é o primeiro ensaio de Ralph W. Emerson, um dos maiores filósofos e oradores, e, sem dúvida, o maior escritor em prosa norte-americano, publicado em 1841 em sua coletânea expositiva acerca da doutrina do Transcendentalismo, bastante próxima do Romantismo, Essays: First Series, “Ensaios, primeira série”. Neste ensaio a História é interpretada como uma unidade entre o homem individual e o espírito universal ambos expressões de uma só mente, vontade e significado. Ao estudante de filosofia mais perspicaz, ficará claro que Emerson se aproxima aqui, não obstante sua posterior fama de “campeão individualista”, à concepção hegeliana da Filosofia da História, ainda que preservando os poderes do ente particular. De todos os ensaios emersonianos, este talvez seja um dos menos conhecidos.

Alexandre_humboldt.jpg

DAS RAÇAS HUMANAS: UMA TRADUÇÃO DO "COSMOS" DE HUMBOLDT POR J. O. BILDA

03 de Dezembro de 2021

Um Aristóteles romântico, rodeado de discípulos e ovacionado por grandes como Goethe e Beethoven, foi o polímata Alexander von Humboldt (1769-1859) naturalista e explorador alemão, célebre pai da biogeografia e uma das mais brilhantes mentes do panteão humano. Foi dono do maior acervo naturalista da Europa, amigo próximo de Frederico Guilherme IV ao mesmo tempo que de Luís Filipe I, fundador de diversos termos científicos como “jurássico” e “isodinâmica”, lançou as bases para a geofísica e a sismologia, deu ênfase ao método científico experimentalista e ao princípio determinista de causalidade.

FB_IMG_1580332113925.jpg

QUEM SÃO OS POVOS ESLAVOS?

05 de Abril de 2021

O maior obstáculo para o estudioso brasileiro em História e Religião eslavas é a escassez, não só de fontes primárias, mas mesmo de pequenas introduções, manuais e revisões em língua portuguesa, castelhana ou inglesa. Isto me leva a concluir que o significado de minha obra, a tradução e organização do Livro de Veles, é tão maior quanto mais vasta for esta negligência latino-americana a respeito de tão formidável cultura, cujas raízes, ramificações e frutos estão a certa distância de serem coerentemente apreciados em seu real valor para a civilização enquanto totalidade. O mesmo não ocorre em línguas eslavas, porém. A riqueza de livros publicados e de pesquisadores especialistas em historiografia e espiritualidade eslavas é espantosa em países como Ucrânia e Rússia. Este artigo é um recorte de minha pesquisa central sobre História e Religião eslavas, e pode ser lido integralmente em minha edição do Livro de Veles à venda pela Editora Multifoco do Rio de Janeiro.

DVNDJD7XUAEG4Jq.jpg

O "HÁVAMÁL", AS PALAVRAS DO ALTÍSSIMO, TRADUZIDO DO NÓRDICO ANTIGO – EDIÇÃO DE J. O. BILDA (PRIMEIRA PARTE)

07 de Abril de 2021

Com o objetivo de aplacar querelas de tradução e reapresentar, tanto ao leitor leigo quanto ao experto, um clássico da espiritualidade nórdica que, como integrante do movimento de reconquista legítima da religião natural cada vez mais forte na Eurásia desde o século passado – uma causa a ser abraçada não apenas pelo eurodescendente no estrangeiro, mas por todos os povos despertos à urgência de se pertencerem antes de se determinarem –, não encontra rival em termos de antiguidade e originalidade típica, compartilho sob novo formato revisado esta tradução bilíngue do nórdico antigo – conquanto incluindo comparações com edições inglesas já consagradas – desenvolvida por Dr. Elton O. S. Medeiros do Hávamál, publicada originalmente enquanto artigo científico pelo periódico eletrônico Mirabilia Journal em 2013. Encontra-se disponível no acervo digital da revista enquanto documento público, bem como em diversos outros sites, na sua versão integral. 
A presente edição atravessou revisão e correção ortográfica. Notas explicativas foram acrescidas ou resumidas nos casos de necessidade.

il_fullxfull.3195386236_kjm3.png

O "HÁVAMÁL", AS PALAVRAS DO ALTÍSSIMO, TRADUZIDO DO NÓRDICO ANTIGO – EDIÇÃO DE J. O. BILDA (SEGUNDA PARTE)

07 de Abril de 2021

Esta é a segunda parte de minha edição da tradução bilíngue do nórdico antigo de Dr. Elton O. S. Medeiros do Hávamál, publicada originalmente pelo periódico eletrônico Mirabilia Journal em 2013. Encontra-se disponível no acervo digital da revista enquanto documento público, bem como em diversos outros sites, na sua versão integral, qual recomendo conferência.

O poema segue a Völuspá, as Profecias da Vidente, no Codex Regius, o manuscrito islandês do século XIII que contém a Edda em verso, preservado pela Universidade de Cambridge. Em sua forma original, este texto se nubla em mais enigmas que qualquer outro dos poemas. 

1_3Ml_Z8VfqYsckWzEZdrgjw.jpeg

"AS MEMÓRIAS DE MARNIE": UMA HISTÓRIA PARA CONTAR AOS SEUS FILHOS (E NETOS)

07 de Setembro de 2020

Em meados de 1960, Joan G. Robinson, uma respeitável senhora inglesa de cabelos escuros e olhar sereno, e sua família, costumavam passar as férias de verão em North Norfolk, num doce e calmo vilarejo no litoral leste da Inglaterra chamado Burnham Overy. Uma das atrações naturais locais era um pântano salgado ligado ao mar, margeado por areias brancas e uns poucos pescadores. Uma casa se erguia nos limites do pântano, quase oculta entre as árvores e as vagas ondulantes. Afastando-se um pouco das crianças que, após o almoço, descansavam às dunas, Sra. Robinson tomou um barco a remos e fez um curto passeio pelo riacho sombreado por juncos e algumas gaivotas. Próximo à casa do pântano, que lembrava um celeiro, numa janela superior, avistou uma garotinha sentada de perfil, tendo seus longos cabelos dourados escovados. “Este foi o começo de Marnie”, escreveu sua filha Deborah, numa biografia, quarenta anos depois, a respeito de um romance que a Sra. Robinson, então uma escritora e ilustradora provinda do subúrbio de Hampstead Garden de Londres, começaria a escrever logo a seguir, repleto de elementos de sua própria infância, e que lhe traria crescente renome mundial. “Você pode escrever livros”, costumava dizer Sra. Robinson sobre Marnie, “mas só há um livro que é realmente você”.

36861983_1041204149372232_1797019904398852096_o.jpg

AS CARTAS DE J. O. BILDA, UM SOLÍCITO ACOMPANHANTE

10 de Janeiro de 2019

O livro “Cartas de um Solícito Acompanhante" é o novo livro do intelectual Jonas Otávio Bilda. Psicólogo pelo Centro Universitário de Brusque e licenciando em Filosofia pela Universidade Paulista, o autor do município de Brusque – SC vem ganhando repercussão da academia e também da crítica midiática pelo conjunto elegante de palavras, chamando a atenção por ser hábil pensador autodidata. O quê ou quem é o "solícito acompanhante"?

maxresdefault.jpg

HEIDEGGER E O OTIMISMO DA TÉCNICA

29 de Agosto de 2019

O filósofo hermenêutico da Floresta Negra, Martin Heidegger (1889-1976), pôs em questão a visão otimista contemporânea da técnica moderna e toda sua dimensão ontológico-existencial com seu método fenomenológico-hermenêutico – cuja aplicabilidade situa-se de fundamento e potência para este texto que transcende o entendimento da técnica como simples meio, para um fim, na instrumentalidade de uma época em que impera a causalidade. O filósofo e psicanalista alemão Erich Fromm (1900-1980) ressalta que o espírito de orgulho e otimismo distingue a cultura ocidental dos últimos séculos: “orgulho da razão como instrumento do homem para entender e dominar a Natureza; otimismo quanto à satisfação das mais agradáveis esperanças da humanidade, a consecução da felicidade máxima para o maior número”. Fromm também rememora, como grave advertência, que este mesmo homem que domina a matéria, que desenvolveu tantos meios inovadores para domínio e controle, “[...] tornou-se enleado em uma teia desses meios e perdeu de vista o fim que lhe dá significado – o próprio homem”. O otimismo científico para com a técnica será questionado a seguir.

ta6_08-20191015.jpg

MAAUSK, O SISTEMA DE CRENÇAS DOS INDÍGENAS ESTONIANOS - TRADUÇÃO DE J. O. BILDA

24 de Março de 2021

Por ocasião do desenvolvimento de pesquisa sobre história e religião estoniana decorrente de minha tradução do épico estônio Kalevipoeg, divulgo esta tradução liberal particular, que, casualmente uma de minhas referências, foi originalmente apresentado em 2011 e escrito por Jüri Toomepuu num congresso estônio-americano da Kesk Florida Eesti Selts (Sociedade Estoniana da Flórida Central) em São Petersburgo, Flórida, no dia 07 de janeiro de 2012. O texto original pode ser lido em: floridaestos.blog.

a39f80d930c8bfcbc7f634ae285e732f-1000.jpg

PARA UMA ESTÉTICA DO BLACK METAL: UM ENSAIO EM FILOSOFIA DA ARTE

14 de Agosto de 2010

Este ensaio exploratório pretende, a partir da compreensão do potencial völkisch e romântico do estilo e gênero musical Black Metal, lançar luz a uma perspectiva estética fundamentada em pesquisa bibliográfica sobre o problema conceitual da arte, alvo de debates em Filosofia da Arte desde os gregos clássicos. Este estudo pôde aproximar diferentes perspectivas de um mesmo fenômeno subcultural e sugerir horizontes de exploração filosófica futura com o fim de constituir-se enquanto breve tentativa de apreciação teórica. Damos por aberto uma das grandes questões do campo das concepções filosóficas: o que é arte? O que é ou como definir o belo? Este estudo, dada sua limitação intelectual itinerante, não pretende silenciar a questão, mas aproximar a concepção romântica do mundo do Black Metal enquanto movimento contemporâneo, cujo vasto campo de produção artística e direcionamentos aparenta já encaminhar-se para este modo de pensar, sentir e viver.
Este texto foi originalmente publicado em 2010 no site "Arte e Filosofia Black Metal" como parte de uma série de ensaios liberais publicados sobre Black Metal, e convertido em artigo acadêmico em 2015 para publicação em periódico científico. Foi recusado, e o motivo apontado pelo corpo editorial foi que “o autor não possui formação na área de artes”. Recebe agora, portanto, nova adaptação para o grande público.

midsummer-young-people-in-slavic-clothes-circle-dance-around-a-bonfire-in-the-forest_10928

A RELIGIÃO NATURAL OU FÉ NATIVA ESLAVA

11 de Setembro de 2021

Os primeiros são os eslavos da Rússia que, a partir da célebre Crônica de Nestor ou Crônica dos Anos Passados, no início do século X, já sob o governo cristão de Vladimir I de Kiev, afirma-se que cultuavam a Perun, deus guerreiro dos trovões, e Veles, deus pastor e patrono dos rebanhos, em ídolos de madeira. O próprio Vladimir I, ao iniciar seu reinado, teria erguido vários desses ídolos em uma colina fora dos muros da capital, destacando-se além daqueles dois, os de Hors, deus solar e da medicina, Stribog, deus dos ventos e tempestades, Simargl, deus canino do fogo, Mokosh, deusa da colheita e tecelagem e, mais tarde, um ídolo de Svarog, deus ferreiro celestial. Nos sermões dos monges descritos na Crônica, citam-se ainda várias divindades e espíritos das águas, bosques e campos. Ao que tudo indica, a princípio, Vladimir tentou conciliar esta antiga religião com o cristianismo, em vão. 
Este artigo é um recorte de minha pesquisa central sobre História e Religião eslavas, e pode ser lido integralmente em minha edição do Livro de Veles à venda pela Editora Multifoco.

Wien-_Parlament-Tacitus.jpg

A "GERMÂNIA", DE TÁCITO - EDIÇÃO DE J. O. BILDA (PRIMEIRA PARTE)

02 de Janeiro de 2021

Esta tradução de Maria C. A. L. S. de Andrade do clássico De origine et situ Germanorum ou simplesmente Germania de Cornélio Tácito de 98 d.C., foi apresentada como uma dissertação à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) em 2011 e encontra-se disponível na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP enquanto documento público em formato bilíngue, com longos acréscimos de notas explicativas, estudos comparativos e comentários anexos, os quais foram afastados na presente edição sem pretender qualquer prejuízo ao entendimento ou à exaustiva pesquisa da autora, com o zeloso propósito de primeiro contato com um imortal etno-historiográfico. Entretanto, com efeito, sugere-se a leitura integral da pesquisa da autora, de modo algum preterível. A presente edição atravessou revisão e correção ortográfica. Notas explicativas foram acrescidas ou resumidas nos casos de necessidade.

0k68cd0r8i141_edited.jpg

A "GERMÂNIA", DE TÁCITO - EDIÇÃO DE J. O. BILDA (SEGUNDA PARTE)

02 de Janeiro de 2021

Esta é a segunda parte da tradução de Maria C. A. L. S. de Andrade do clássico De origine et situ Germanorum ou simplesmente Germania de Cornélio Tácito de 98 d.C., que foi apresentada como uma dissertação à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) em 2011 e encontra-se disponível na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP enquanto documento público em formato bilíngue, com longos acréscimos de notas explicativas, estudos comparativos e comentários anexos, os quais foram afastados na presente edição sem pretender qualquer prejuízo ao entendimento ou à exaustiva pesquisa da autora, com o zeloso propósito de primeiro contato com um imortal etno-historiográfico. Entretanto, com efeito, sugere-se a leitura integral da pesquisa da autora, de modo algum preterível. As sentenças em negrito são de minha responsabilidade, bem como a revisão e as correções ortográficas a serem notadas no texto original. Notas explicativas foram acrescidas nos casos de necessidade.

mockup-of-a-hardcover-book-featuring-a-customizable-background-33646-1_edited.png

O GUIA DA FUGA DO INFERNO: UM PREFÁCIO À "FUGA DO INFERNO" DE NICOLAE SOFRAN

19 de Junho de 2021

"Nicolae Sofran é um homem direto e franco, de cenho penetrante e olhar vívido que se orgulha de sua origem humilde campesina em uma Romênia livre. Qual a origem e razão de tantos dos seus apelos em seus livros à consciência ingênua que crê em utopias internacionalistas? Esta obra autobiográfica, agora em sua edição revisada, melhorada e prefaciada por J. O. Bilda com apêndices dissertativos e fotografias inéditas do acervo pessoal do autor, nos oferece um poderoso testemunho em primeira mão repleto de detalhes tortuosos e apavorantes das articulações e desmembramentos reais do regime socialista imposto sobre a Romênia – e noutras nações do Leste europeu – que perdurou oficialmente de 1944 a 1989, mas cujas sementes ainda persistem dissimuladamente pelo mundo, sobretudo às camadas intelectuais e políticas, e urgem por um enfrentamento legítimo. 'Fuga do Inferno' é um relato objetivo e brutal para leitores de espírito forte."

801106.jpg

A DOENÇA DO MUNDO EM CHRONO TRIGGER

20 de Abril de 2021

São tempos difíceis, e, sentindo-nos atordoados, não raro ignoramos a qual direção olhar e em quais referências nos apoiar. Não é outra a razão da Filosofia, este templo da memória e do destino que não para de nos surpreender enquanto não obstarmos seus efeitos salutares sobre a ampliação da consciência. E um destes efeitos é a conclusão criticista de Schiller, da qual partimos como um pressuposto, de que a genuína experiência do Belo torna o homem livre e íntegro, arranca-o de um estado lastimável em que se deixa dominar por impulsos animais ou princípios artificiais, e torna-o artista, um potencial criador de possibilidades culturais e políticas. Afinal, não é esperando um Estado melhor, mas formando homens melhores que rumaremos à salvação. E, cientes dos limites da experiência humana e do caráter racional irrevogável da pesquisa filosófica e científica, concordamos com a tradição de Filosofia da História Universal de Kant, Herder e Hegel, cujo princípio fundamental, ou melhor, origem e destino, é a Razão: "quem vê racionalmente o mundo, o vê racional". Mostraremos que política e história não falam apenas ao especialista e nem através somente de seus manuais. Podemos vê-las nos lugares mais improváveis, e um deles é o jogo eletrônico. No nosso caso, especificamente, é o jogo Chrono Trigger, onde, segundo julgamos, encontrar-se-á um tesouro lúdico de implicações políticas e culturais.

7259899_original.jpg

AINDA HÁ LIBERDADE DE PENSAMENTO?: UMA POLÊMICA - TRADUÇÃO DE J. O. BILDA

15 de Agosto de 2021

A autodenominada polícia moral na encruzilhada: será que o politicamente correto está fazendo o velho povo de pensadores pensar da mesma forma? O politicamente correto, originalmente um código de conduta bem-intencionado, rapidamente se tornou um terror moral na Alemanha. Os autoproclamados “politicamente corretos” pensam a si mesmos como os únicos possuidores da verdade e recusam a qualquer um o direito de discordância.
Nascido em 1961, jornalista, formado em Criminologia, Biologia, História, com Doutorado na África do Sul, e breve carreira política na Alemanha, um artigo de Dr. Claus Nordbruch sobre censura na Alemanha, e que bem pode se estender ao resto do mundo.

J. O. Bilda - March 2023.jpg

MEMÓRIAS DE OUTRO CÉU E OUTRA TERRA: A JORNADA ESPIRITUAL DE UM ÉSTIO-BRASILEIRO

09 de Abril de 2023

A memória é como uma fotografia que envelhece rapidamente. Apagam-se os contornos, esfacelam-se as extremidades, desumanizam-se as expressões, distorcem-se os componentes. Não só envelhece como se deixa manchar e deformar pelo armazenamento junto a outras fotografias. Os lugares e datas se confundem, os detalhes e distinções se unem, as cores e tons se esvaem. Tudo que restará serão luz e sombra, presença e ausência, ser e não-ser, até que chegue o mais completo vazio. É então que uma luta é travada por aqueles que não se permitem deixar vencer pela opacidade do esquecimento. Tentam recuperar a cor, o aspecto, o quando, o quem. Registram o pouco que sabem, protegem o que ainda possuem, para, no final, sua maior vitória consistir, ainda, em um trabalho imperfeito. Tal é a fotografia, tal é a memória, tais são os homens, tal sou eu mesmo. Em minha imperfeição, tudo que pretendi, desde a infância, foi descobrir uma memória que, muito embora desprovida de imagem ou som, me tornava um estrangeiro, um nostálgico, sem que pudesse suspeitar o ter perdido quaisquer fotografias ou deixado qualquer porto distante, de uma outra terra.

Joseph-Arthur-comte-de-Gobineau.png

UMA INTRODUÇÃO A ARTHUR DE GOBINEAU E SEU “ENSAIO SOBRE A DESIGUALDADE DAS RAÇAS HUMANAS”

09 de Maio de 2023

Autor da talvez mais controversa, não obstante erudita, rica, lógica e temerariamente audaz obra do século XIX, Joseph-Arthur, Comte de Gobineau (1816-1882), escritor, diplomata, etnólogo e pensador social francês, às palavras do historiador e arquivista frankfurtiano Veit Valentin, especialista das Revoluções de 1848 – sua Geschichte der deutschen Revolution von 1848–1849 sagrou-se obra-padrão nas universidades alemãs até hoje – fez “a mais bem sucedida tentativa até então para interpretar e valorizar o desenvolvimento histórico do ponto de vista da ciência biológica na sua obra”, denuncia o espírito novo-burguês decepcionante da época da vitória da Contrarrevolução que, na França, após a República Provisória socialista e a eleição de Napoleão III apoiado por clubes secretos, mescla o discurso democrático, ideias socialistas e chefia de estilo ditatorial militar à guisa de preservar as grandes empresas e o status quo social.

Artigos: Artigos
bottom of page