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CURSO DE FILOSOFIA UNIVERSAL
DE J. O. BILDA

O IDEAL NA EDUCAÇÃO

"Hei partilhado de meu arrebato estético com um arguto companheiro de estudos quanto à obra de Rafael em cuja ocasião expressei-lhe tal idílica representação como meu ideal pessoal para a educação e para as instituições de ensino – e, em especial, como modelo para o nível superior. O grande paço aberto [...] e a

ausência de cadeiras ou locais fixos de estudo comunicam dinâmica, movimento, inconformidade, inspiração, espírito ativo: inquietação e exploração num comércio intermitente. As frondosas estátuas de Apolo e Atena inspiram à elevação das artes e ciências, à dignidade divina do sentimento e do entendimento, e à proteção das maiores mentes sobre os amantes do estudo livre. E aquilo que, em minha fantasia, é o mais excepcional e edificante na Scuola di Atene: Alcibíades, Antístenes e Ésquines se reúnem pacificamente para ouvir o gesticulador Sócrates; Anaximandro, Averróis, Telauges e Parmênides curvam-se e esgueiram-se com ardente curiosidade no exame das anotações de um absorto Pitágoras, ajoelhado; Euclides arqueia-se com beleza de modo a realizar uma demonstração geométrica com um compasso diante de quatro cativos jovens estudantes, estando Bramante dentre estes; Zoroastro com o globo celeste e Ptolomeu com o terrestre travam tranquilo debate com os pintores Protógenes e Apeles, todos em pé, reclusos em círculo numa extremidade do anfiteatro; Heráclito que medita em místico silêncio sobre um bloco de mármore, Diógenes que, já idoso lê um manuscrito com graciosa lassidão meio aos degraus, e Plotino que observa à distância aos dois grandes filósofos postos em evidência compõem uma tríade de almas solitárias da paisagem fabúlica; Platão e Aristóteles por sua vez, a julgar pelo movimento dos pés do ancião, a comitiva de respeitáveis ouvintes que os recebe abaixo da última abóboda e o apontar surpreso de um dos estudantes em direção dos mestres, aparentam ter chego recentemente e concretizam a clássica dialética metafísica entre o mundo ideal e o sensível. Em síntese, discípulos e mestres fazem-se como tal de acordo com as inclinações em livre ação e desejo de busca. Não há quaisquer divisões, salas, bancos, aposentos, sequer livros, réguas, estantes ou materiais auxiliares. As peripécias posturais e os suportes e apoios arranjados de improviso denunciam entusiasmo e absoluta concentração nas discussões, demonstrações e observações. O imponente afresco [...] mostra que para um grande amor pela razão, pela verdade, pelo belo, pelo justo, nada há que se faça em obstáculo, impedimento, barreira, restrição. Basta ousar, curvar, ouvir, cuidar, revisar, argumentar, anotar, observar, caminhar, refletir. Basta saber amar e amar saber."


— BILDA, J. O. Educação clássica para um novo renascimento.

In: Cartas de um solícito acompanhante. Rio de Janeiro: Multifoco, 2018. p. 203-204.

APRESENTAÇÃO


O Curso de Filosofia Universal tem por objetivo a formação integral (Bildung), por meio de currículo clássico e mediante didática humanista, conjugando grandes temas da Filosofia e da Ciência. Como resultado, além da incorporação de conteúdo de alto nível, o estudante aperfeiçoará a forma do aprender, a estudar e a pesquisar em qualquer caminho intelectual que desejar com autonomia absoluta, de modo a respeitar a harmonia das artes liberais entre o pensar (lógica), o escrever (gramática) e o falar (retórica).
 

Por Filosofia Universal entendo a integração clássica entre os quatro grandes campos do conhecimento, a citar, a filosofia, a ciência, a arte e a religião. Por seus limites próprios e seus fins, neste Curso os dois primeiros serão considerados de modo direto e primário, enquanto os últimos, de modo indireito e secundário.

 

O Curso é dividido em dois níveis: Propedêutico e Filosofia Universal. Cada um possui 7 (sete) Unidades de Estudo. As aulas são quinzenais com duas (2) horas de duração cada. Enquanto o nível Propedêutico é uma Iniciação à Vida Intelectual que abarca todas as áreas da arte e ciência do estudo, o nível Filosofia Universal é uma profunda e crítica Jornada entre os Grandes Mestres do Pensamento Ocidental.

 

O pré-requisito é ter no mínimo 18 (dezoito) anos e o Ensino Médio completo. O Curso pode ser percorrido tanto antes, depois ou concomitante à formação em Ensino Superior sem quaisquer impedimentos.

O Curso operará simultaneamente sobre duas dimensões formativas:
 

  1. Dimensão disciplinar, em que se situam os conteúdos curriculares e as aulas propriamente ditas ministradas por meio de estudo aplicado sobre textos-fonte;

  2. Dimensão pessoal, em que se situam orientações concernentes ao autoconhecimento e desenvolvimento pessoal dos alunos.

 

MÉTODO DE ENSINO
 

As aulas serão ministradas por videochamada no Skype quinzenalmente com duração de 02 (duas) horas cada. A duração do curso terá no mínimo 24 (vinte e quatro) meses, a depender das necessidades vitais de cada estudante, e não da coerção de um calendário abstrato. Grandes obras são gestadas com paciência, e nada de imortal foi construído aos saltos.
 

O método de exposição será dialógico, compreensivo, adogmático e crítico. A maior parte das aulas consiste em leitura comentada de clássicos originais, sem filtros politicamente corretos, sem resumos prontos impessoais, sem apresentações de slides generalistas, sem adulterações de conteúdo ou interferências ideológicas alheias ao estudo.
 

Os trabalhos serão todos individuais, tal como as avaliações, e abarcarão as seguintes formas: comentário, resenha, resumo, dissertação, interpretação. Será feito largo emprego de filmes e ilustrações, além de eventuais textos de apoio e recomendação de livros.
 

A avaliação obedecerá a um critério qualitativo e pessoal, e todas as notas atribuídas serão sigilosas e acompanhadas de uma apreciação particular. Assim considerando, não serão equacionados cálculos de média. O sistema de notação utilizado é qualitativo, e vai de "1, Totalmente insatisfatório" a "5, Totalmente satisfatório", seguido de uma justificativa personalizada.
 

A organização interna deste Curso obedece a uma hierarquia rígida. Só avançará para a Unidade de Estudo seguinte o aluno que concluir satisfatoriamente a precedente. Não haverá recuperações nem atrasos na prossecução dos estudos, todavia tudo poderá ser acordado e avaliado entre aluno e professor de modo franco e cordial.

 

O ingressante do Curso receberá não apenas aulas expositivas de filosofia escolar, mas orientações pedagógicas individuais, incluindo prática em metodologia científica, estilo textual, conteúdos exclusivos semanais em grupo privado e diversas outras orientações pertinentes, desde organização de rotina pessoal, introdução em Alta Cultura até recomendação de livros e filmes, em um espectro muito mais amplo e completo que o escolar ou universitário comum, afora o convívio intelectual com outros colegas e o enriquecimento espiritual decorrente.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
 

Em Filosofia, as áreas de concentração estudadas serão: Epistemologia, História da Filosofia, Filosofia da Natureza, Filosofia da História e Filosofia Política.

Em Ciências, as áreas de concentração serão: Ciências Naturais (Biologia) e Ciências Sociais (Arqueologia, Historiografia e Antropologia).

Este programa foi construído ao longo de três anos de trabalho ininterrupto, nisto incluindo a aquisição de materiais, muitos raros, a tradução de artigos e livros, a diagramação de textos, a didatização de obras clássicas do pensamento em ciclos de estudo voltados ao ensino. Este Curso, portanto, não é gratuito, tampouco visa o lucro, mas encoraja a contribuição sob forma de doações em dinheiro no valor de R$150,00 (cento e cinquenta reais) mensais com data fixada conforme a preferência do aprendiz, de modo a garantir a manutenção e o crescimento desta ideia educacional liberal.
 

O QUE ESTE CURSO NÃO É

Este Curso é único e original, e sua inspiração não advém de outros cursos liberais nem de modas pedagógicas, mas da práxis docente dos próprios filósofos, desde Platão e Aristóteles até Hegel e Heidegger, adaptada aos nossos dias.

 

Diferentemente dos cursos online em geral e dos cursos de Filosofia, o Curso de Filosofia Universal não é:

 

  1. Um pacote de vídeos gravados em formato fast-food que se compra de uma só vez. Cada aula é única e adaptada a cada turma, a depender da faixa etária, formação e nível intelectual - e os alunos recebem a gravação da aula assim que esta termina, de modo exclusivo.

  2. Um curso opinativo e valorativo comprometido ideologicamente com objetivo de criar prosélitos. O único compromisso deste Curso é com a verdade, e a verdade é soberana, não súdita.

  3. Uma promoção de bate-papos ou debates em polêmica jornalística ou atualidades políticas disfarçados de "consciência crítica". O aprendiz é livre para expressar quaisquer opiniões, mas perante a História e a Razão, muitos dos problemas de hoje são apenas isto: problemas de hoje.

  4. Um recebedor ou apoiador de causas sociais, religiosas ou políticas que ultrapassa os próprios âmbito, pertinência e objetivos. Tudo depende e se limita à relação aluno-professor, sem mais. O Curso foi, é, e continuará sendo elaborado livremente, com recursos próprios.

  5. Um curso de História "rápida, fácil e divertida" da Filosofia. Tendo em vista o que o "mercado intelectual" oferece hoje, este fato por si só já garante a este Curso status de empreendimento sui generis. 

  6. Um engodo teológico, pseudocientífico, moralista ou conspiracionista disfarçado de curso de Filosofia. Conforme repetia Empédocles a ponto de Platão ouvir-lhe citado por Sócrates, "mesmo duas vezes o devido é belo dizer."

MATRÍCULA

O interessado deverá manifestar-se pelo Formulário de Contato do site ou em contato direto via redes sociais, e será incluído em uma fila de espera para a ocasião de abertura de vagas.

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GRADE CURRICULAR – CURSO PROPEDÊUTICO

UNIDADE I - EDUCAÇÃO E FILOSOFIA

I.I Etiqueta e Boas Maneiras
1. BILDA, J. O. Etiqueta da Aula Virtual.

2. BILDA, J. O. Os seis erros mais comuns do estudante principiante.

3. BILDA, J. O. Relações são Contratos.

4. RIBEIRO, Renato Janine. A Etiqueta no Antigo Regime.

5. CALDERARO, Martha. Etiqueta e Boas-Maneiras.

6. HARTLEY, Cecil B. Introdução à Etiqueta e Polidez. In: A Gentleman’s Guide to Etiquette.

7. HARTLEY, Cecil B. Cem Dicas para o Comportamento Cavalheiro. In: A Gentleman’s Guide to Etiquette.

8. HARTLEY, Cecil B. 37 Regras de Conversação. In: A Gentleman’s Guide to Etiquette.

9. MATARAZZO, Cláudia. Netiqueta.
I.II Educação e Filosofia

1. BILDA, J. O. A Escola de Atenas como Ideal em Educação.
2. BILDA, J. O. O que é Propedêutica e Filosofia Universal.
3. BILDA, J. O. Situação da Educação no Brasil.
4. BILDA, J. O. Situação da Filosofia no Brasil.
5. BILDA, J. O. Princípios e Propósito do Curso de Filosofia Universal.
6. BILDA, J. O. Conselhos aos Estudantes: Vida de Estudos, Dieta e Exercícios, Disciplina e Organização, Objetivo e Vontade.
7. BILDA, J. O. Ensino para o Mercado e Educação para a Cultura.
8. BILDA, J. O. Uma Breve História do Bildung.

UNIDADE II - A VIDA INTELECTUAL

V.I Conselhos sobre a Vida Intelectual de Louis Riboulet
1. RIBOULET, Louis. Lutar por um ideal. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual. 
2. RIBOULET. Louis. Vontade e dever. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
3. RIBOULET. Louis. Trabalhar com constância. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
4. RIBOULET. Louis. Tempo oportuno. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
5. RIBOULET. Louis. Amor ao estudo. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
6. RIBOULET. Louis. Direção inteligente. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
7. RIBOULET. Louis. Desenvolver faculdades. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
8. RIBOULET. Louis. Cultura geral. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
9. RIBOULET. Louis. Boas influências. In: Conselhos sobre o trabalho intelectual.
V.II A Vida Intelectual de Antonin-Dalmace Sertillanges
1. SERTILLANGES, Antonin-Dalmace. O intelectual. In: A vida intelectual.
2. SERTILLANGES, Antonin-Dalmace. Organização da vida. In: A vida intelectual.
3. SERTILLANGES, Antonin-Dalmace. O espírito do trabalho. In: A vida intelectual.
4. SERTILLANGES, Antonin-Dalmace. O trabalho criador. In: A vida intelectual.
V.III Educação da Vontade de Jules Payot
1. PAYOT, Jules. O mal a combater, estados de abulia. In: Educação da vontade.
2. PAYOT, Jules. Possibilidade de soberania da inteligência. In: Educação da vontade.
3. PAYOT, Jules. Reflexão meditativa. In: Educação da vontade.
4. PAYOT, Jules. O papel da ação. In: Educação da vontade.
5. PAYOT, Jules. Do exercício físico na vida intelectual. In: Educação da vontade.
6. PAYOT, Jules. A influência dos mestres. In: Educação da vontade.​

UNIDADE III - A CIÊNCIA DO ESTUDO

1. Vida e Obra: Michel de Montaigne.
2. MONTAIGNE. Ensaios.
3. Vida e Obra: Marcel Proust.
4. PROUST. Sobre a leitura.
5. Vida e Obra: Novalis, e seus Fragmentos sobre Leitura.
6. ESTANQUEIRO, António. Aprender a estudar, um guia para o sucesso.
7. RUIZ, João Álvaro. Guia para eficiência nos estudos. In: Metodologia científica.
8. MIRA Y LÓPEZ, Emilio. Psicologia do estudo. In: Como estudar e como aprender.
9. MIRA Y LÓPEZ, Emilio. Fadiga Mental. In: Como estudar e como aprender.
10. ADLER, Mortimer. Quatro níveis de leitura. In: Como ler livros.
11. ADLER, Mortimer. Leitura e alfabetização. In: Como ler livros.
12. ADLER, Mortimer. Crítica de livros. In: Como ler livros.
13. ELIOT, T. S. A Função da Crítica.

UNIDADE IV – ORATÓRIA E REDAÇÃO

VII.I Redação Comercial, Oficial e Literária de Fernando Jorge
1. JORGE, Fernando. Qualidade do estilo. In: Redação comercial, oficial e literária.
2. JORGE, Fernando. Linguagem figurada. In: Redação comercial, oficial e literária.
3. JORGE, Fernando. Redação de cartas. In: Redação comercial, oficial e literária.
VII.II Curso de Oratória e Retórica de Mário Ferreira dos Santos
4. SANTOS, Mário Ferreira dos. Retórica e eloquência. In: Curso de oratória e retórica.
5. SANTOS, Mário Ferreira dos. Estilo e harmonia. In: Curso de oratória e retórica.
6. SANTOS, Mário Ferreira dos. Arte de redigir. In: Curso de oratória e retórica.
7. SANTOS, Mário Ferreira dos. Arte de dizer. In: Curso de oratória e retórica.
8. SANTOS, Mário Ferreira dos. Conselhos de oratória. In: Curso de oratória e retórica.​

UNIDADE V – OS TIPOS DE CONHECIMENTO

1. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Os quatro tipos de conhecimento. In: Metodologia científica.
2. RUIZ, João Álvaro. Os quatro tipos de conhecimento. In: Metodologia científica.
3. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Características do conhecimento científico. In: Metodologia científica.
4. RUIZ, João Álvaro. Espírito científico. In: Metodologia científica.
5. HESSEN, Johannes. Essência e lugar da Filosofia. In: Teoria do conhecimento.
6. FOLSCHEID, Dominique; WUNENBURGERG, Jean-Jacques. Leitura do texto filosófico. In: Metodologia filosófica.
7. FOLSCHEID, Dominique; WUNENBURGERG, Jean-Jacques. Explicação e comentário filosóficos. In: Metodologia filosófica.​

UNIDADE VI - PENSAMENTO ROMANO E SABEDORIA FILOSÓFICA 

1. Vida e Obra: Lorde de Shaftesbury.
2. SHAFTESBURY. Askhmata ou Exercícios.
3. SHAFTESBURY. Solilóquio ou Conselhos a um Autor.
4. Vida e Obra: Epicuro e uma Introdução ao Epicurismo.
5. EPICURO. Antologia de Textos.
6. EPICURO. Carta a Meneceu.
7. Introdução ao Estoicismo
8. Vida e Obra: Cícero.
9. CÍCERO. O Sonho de Cipião.
10. CÍCERO. Saber Envelhecer.
11. CÍCERO. Da Amizade.
12. Vida e Obra: Sêneca.
13. SÊNECA. Da Vida Retirada.
14. SÊNECA. Da Felicidade.
15. SÊNECA. Da Tranquilidade da Alma.
16. SÊNECA. Sobre a Brevidade da Vida.
17. SÊNECA. Sobre a Firmeza do Sábio.
18. Vida e Obra: Epicteto.
19. ARRIANO. Manual de Epicteto.
20. Vida e Obra: Marco Aurélio.
21. AURÉLIO. Meditações.

UNIDADE VII - PENSAMENTO MEDIEVAL E EDUCAÇÃO LIBERAL

IV.I Pensamento Medieval
1. REALE, Giovanni. A Bíblia e a sua Mensagem. In: História da Filosofia.
2. RUSSELL, Bertrand. Cristianismo Primitivo. In: História da Filosofia Ocidental.
3. Vida e Obra: Clemente de Alexandria, e a Exortação aos Gregos.
4. Vida e Obra: Orígenes de Alexandria, e o De Principiis.
5. Vida e Obra: Hipátia de Alexandria.
6. Vida e Obra: Plotino, e Do Belo.
7. Vida e Obra: Agostinho de Hipona, e As Confissões.
8. Vida e Obra: Boécio, e a Consolação da Filosofia.
9. Vida e Obra: Pseudo-Dionísio, o Areopagita, e a Teologia Mística.
10. Vida e Obra: Francisco de Assis, e As Admoestações.
11. Vida e Obra: Abelardo e Heloísa, e as Cartas de Amor.
IV.II Educação Liberal
1. REALE, Giovanni. As Escolas, a Universidade e a Escolástica. In: História da Filosofia.

2. LE GOFF, Jacques. Os Intelectuais na Idade Média.
3. JOSEPH, Miriam. Introdução ao Trivium. In: Trivium.
4. JOSEPH, Miriam. Artes Liberais e Educação Liberal. In: Trivium.
5. JOSEPH, Miriam. Natureza da linguagem. In: Trivium.
6. JOSEPH, Miriam. Elementos de lógica. In: Trivium.
7. Falácias, uma definição clássica e o Guia das Falácias de Stephen Downes
8. JOSEPH, Miriam. Retórica e composição. In: Trivium.
9. JOSEPH, Miriam. Filosofia no campo do conhecimento. In: Trivium.
10. Vida e Obra: Tomás de Aquino, e a Suma Contra os Gentios.
11. Vida e Obra: Guilherme de Ockham, e uma Seleção de Obras.

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GRADE CURRICULAR – FILOSOFIA UNIVERSAL

UNIDADE I - INICIAÇÃO À FILOSOFIA

1. HUME, David. Das diferentes classes de Filosofia. In: Ensaio sobre o entendimento humano.
2. LAW, Stephen. O que é Filosofia. In: Guia Ilustrado Zahar.
3. ADLER, Mortimer. Como ler livros de Filosofia. In: Como ler livros.
4. SANTOS, Mário Ferreira dos. Convite à Filosofia. In: Convite à Filosofia e à História da Filosofia.
5. CHAUÍ, Marilena. Filosofia para quê? In: Boas-vindas à Filosofia.
6. RUSSELL, Bertrand. A Filosofia entre a Ciência e a Religião.
7. REALE, Giovani; ANTISERI, Dario. Gênese da Filosofia entre os Gregos. In: História da Filosofia Vol. 1.
8. MORENTE, Manuel García. Fundamento e Método da Filosofia. In: Fundamentos de Filosofia.
9. MARÍAS, Julián. Os requisitos da introdução à Filosofia. In: Introdução à Filosofia.
10. BUZZI, Arcângelo. Filosofia para Principiantes. In: Filosofia para Principiantes.
11. JASPERS, Karl. A Filosofia no Mundo. In: Introdução ao Pensamento Filosófico.​

UNIDADE II - AURORA DO PENSAMENTO I - MITO E EPOPEIA

1. BILDA, J. O. O Mito segundo Ernst Cassirer.
2. OS PENSADORES. Mito, Epopeia e Teogonia. In: Pré-socráticos.
3. RUSSELL, Bertrand. O Nascimento da Civilização Grega. In: História da Filosofia Ocidental.
4. HOMERO. A Ilíada. Trad. Frederico Lourenço.
5. HOMERO. A Odisseia. Trad. Frederico Lourenço.
6. HESÍODO. A Teogonia dos Deuses. Trad. J.A.A. Torrano.
7. APOLÔNIO. Argonáutica. Trad. A.A.A. de Sousa.
8. BILDA, J. O. Os Proto-Filósofos.

UNIDADE III - AURORA DO PENSAMENTO II - FILOSOFIA

III.I Pré-Socráticos
1. OS PENSADORES. Introdução aos Pré-Socráticos. In: Pré-socráticos.
2. MONDIN, Battista. Jônios. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
3. OS PENSADORES. Tales; Anaximandro; Anaxímenes - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
4. MONDIN, Battista. Pitágoras. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
5. OS PENSADORES. Pitágoras - Doxografia. In: Pré-socráticos.
6. OS PENSADORES. Xenófanes - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
7. MONDIN, Battista. Parmênides. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
8. OS PENSADORES. Parmênides - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
9. MONDIN, Battista. Heráclito. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
10. OS PENSADORES. Heráclito - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
11. MONDIN, Battista. Empédocles. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
12. OS PENSADORES. Empédocles - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
13. MONDIN, Battista. Anaxágoras. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
14. OS PENSADORES. Anaxágoras - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
15. MONDIN, Battista. Demócrito. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
16. OS PENSADORES. Demócrito - Doxografia e Fragmentos. In: Pré-socráticos.
17. MONDIN, Battista. Sofistas. In: Curso de Filosofia Vol. 1.
III.II Sócrates e Platão
1. Vida e Obra: Sócrates.
2. XENOFONTE. Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates. In: Sócrates, Os Pensadores.
3. Vida e Obra: Platão
4. PLATÃO. Apologia de Sócrates.
5. PLATÃO. Alcibíades I – Da Alma.
6. PLATÃO. Láques – Da Coragem.
7. PLATÃO. Cármides – Da Temperança.
8. PLATÃO. Protágoras - Da Virtude.
9. PLATÃO. Hípias Menor - Da Mentira.
10. PLATÃO. Hípias Maior – Do Belo.
11. PLATÃO. Íon – Da Inspiração Poética.
12. PLATÃO. Êutifron – Da Piedade.
13. PLATÃO. O Banquete – Do Amor.
14. PLATÃO. Fedro – Do Belo.

UNIDADE IV - FILOSOFIA POLÍTICA CLÁSSICA

1. PLATÃO. Carta sétima.
2. PLATÃO. O Político.
3. PLATÃO. Timeu – Da Atlântida.
4. PLATÃO. Crítias – Da Atlântida.
5. PLATÃO. A República.
6. Vida e Obra: Aristóteles.
7.ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco.
8. ARISTÓTELES. Política.
9. Vida e Obra: Maquiavel e o Século XIV.
10. MAQUIAVEL. O Príncipe.
11. Vida e Obra: Thomas Morus e o Século XV.
12. MORUS. A Utopia.
13. Vida e Obra: Tommaso Campanella e o Século XVI.
14. CAMPANELLA. A Cidade do sol.
15. Vida e Obra: Thomas Hobbes e o Século XVII.
16. HOBBES, T. Leviatã.
17. Vida e Obra: Jean-Jacques Rousseau e o Século XVIII.
18. ROUSSEAU, J.-J.. Do contrato social.

UNIDADE V - HISTÓRIA UNIVERSAL

1. BILDA, J. O. Definição do Conceito de História.
2. HERÓDOTO. Introdução. In: História.
3. Vida e Obra: Giambattista Vico.
4. VICO, Giambattista. Princípios de uma Ciência Nova.
5. Vida e Obra: Jacques Bossuet.
6. BOSSUET, Jacques. Discurso da História Universal.
7. Vida e Obra: Immanuel Kant.
8. KANT, Immanuel. Ideia de uma História Universal com um propósito cosmopolita.
9. MONDIN, Battista. Românticos e Idealistas. In: Curso de Filosofia.
10. Vida e Obra: G. W. F. Hegel e o Século XIX.
11. HEGEL, G. W. F. Prefácio da Fenomenologia do Espírito.
12. HEGEL. G. W. F. A História Universal. In: Filosofia do direito.
13. HEGEL. G. W. F. Lições sobre a Filosofia da História Universal.
14. Vida e Obra: Carl Schmitt.
15. SCHMITT, Carl. O Conceito do Político.
16. BOTELHO, Raposo. Compêndio de História Universal.
17. Vida e Obra: Arnold Toynbee.
18. TOYNBEE, Arnold. Um Estudo de História.
19. Vida e Obra: H. G. Wells.
20. WELLS, H. G. Introdução à História Universal.
21. Vida e Obra. V. Valentin.
22. VALENTIN, Veit. História Universal.

UNIDADE VI – AURORA DO PENSAMENTO III: MÉTODO CIENTÍFICO

VI.I – Ceticismo

1. SAGAN, C. A coisa mais preciosa. In: O mundo assombrado pelos demônios.

2. SAGAN, C. Ciência e esperança. In: O mundo assombrado pelos demônios.

3. BILDA, J. O. Pseudociência, segundo a Encyclopedia.

4. BILDA, J. O. Lista de Vieses Cognitivos de Buster Benson.

5. Vida e Obra: Eliphas Levi.

6. LEVI, Eliphas. Dogma e Ritual de Alta Magia.

7. Vida e Obra: Helena Blavatsky.

8. BLAVATSKY, Helena. Ísis Sem Véu.

9. Vida e Obra: Allan Kardec.

10. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

11. Vida e Obra: Miguel Serrano.

12. SERRANO, Miguel. Nós, o Livro da Ressurreição.

13. Vida e Obra: Erich von Däniken.

14. DÄNIKEN, Erich von. Eram os Deuses Astronautas?

VI.II – Método científico

1. PARACELSO. Breve catecismo de alquimia.

2. BRUNO, Giordano. Acerca do infinito, do universo e dos mundos.

3. BACON, Francis. Novum organum.

4. DESCARTES, René. Discurso do método.

5. GALILEI, Galileu. O mensageiro das estrelas.

6. GALILEI, Galileu. O ensaiador.

7. NEWTON, Isaac. Princípios matemáticos.

8. MENDEL, Gregor. Experimentos de hibridação de plantas.

VI.III – Evolucionismo

1. ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Herbert Spencer.

2. SPENCER, Herbert. Do progresso.

3. SPENCER, H. Filosofia evolucionista.

4. BIZZO, Nélio. Pré-darwinismo.

5. DARWIN, Charles. Luta pela existência. In: Origem das espécies.

6. DARWIN, C. Seleção natural ou sobrevivência do mais apto. In: Origem das espécies.

UNIDADE VII – PRÉ-HISTÓRIA ÀS ORIGENS DA CIVILIZAÇÃO

1. WELLS, H. G. O Mundo antes do Homem. In: História Universal.
2. GOULD, Stephen Jay. Cambriano e Origem da Vida. In: Vida maravilhosa.
3. PILETTI, N.; PILETTI, C. Pré-história. In: História & Vida.
4. CLARK, Grahame. A pré-história.
5. GRIMBERG, Carl. Aurora da civilização. In: História universal.
6. BURNS, Edward McNall. Culturas pré-literárias. In: História da civilização ocidental.
7. WELLS, H. G. Homem Pré-histórico e Pensamento primitivo. In: História Universal.
8. MONROE, Paul. Educação primitiva. In: A história da educação.
9. GRANT, Madison. Homem Eolítico, Paleolítico, Neolítico e do Bronze.
10. BURNS, E. M. Natureza e origem das civilizações. In: História da civilização ocidental.
11. COULANGES, Fustel de. Religião e Família Antigas. In: A Cidade Antiga.
12. BURNS, E. M. Civilização egípcia. In: História da civilização ocidental.

UNIDADE VIII – A HUMANIDADE

1. GOBINEAU, Arthur de. Condição mortal das civilizações.
2. GOBINEAU, Arthur de. Desigualdade e Cristianismo.
3. GOBINEAU, Arthur de. Definição de Civilização.
4. GOBINEAU, Arthur de. Origens e Raças Humanas.
5. BILDA, J. O. Racismo e racialismo: ciência e legislação.
6. MORGAN, Lewis Henry. A sociedade antiga.
7. DARWIN, Charles. A origem do homem e a seleção sexual.
8. DARWIN, C. Hibridismo. In: A origem das espécies.
9. WELLS, H. G. Raças da Humanidade e Cultura heliolítica. In: História Universal.
10. BURNS, Edward McNall. Civilização mesopotâmica. In: História da civilização ocidental
11. BURNS, E. M. Civilização hebraica. In: História da civilização ocidental.
12. BURNS, E. M. Cristianismo. In: História da civilização ocidental.

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Marcelo S. Irmão, pesquisador de Ciências Agrárias, estudante do Curso.

Sempre fui muito aberto a aprendizagens em geral, e raramente me fechei num dogma. A universidade soube aproveitar muito bem essa abertura como uma oportunidade para uma intensa lavagem cerebral. Portanto, cheguei ao Curso com um espírito confuso, com algumas concepções em formação, e emocionalmente ansiando por um centro, especialmente depois de anos de erros e cabeçadas que me geraram incômodas dissociações cognitivas. 

Saí do curso espiritualmente ereto, postura que me possibilitou ver o brilho intenso da verdade no topo da montanha. Quanto mais perto chego do brilho, mais facilmente consigo distinguir as formas de um espelho, que me reflete. Assim, tenho aprendido a olhar para dentro de meu ser, que não está, hoje o sei, espacialmente contido dentro do meu corpo, mas latente em meu sangue, uma centelha. Em geral, digo que o curso foi uma das
melhores experiências da minha vida, quiçá a melhor!

Ah, o que dizer do professor Jonas! Uma inteligência imensurável, uma sabedoria sensível, um humor corrosivo, uma didática visceral, uma vida exemplar e uma estética que vai do elegante e costumeiro traje social ao belo sorriso alinhado e ofuscante. O melhor professor que tive na escola fica muito aquém do professor Jonas em termos de personalidade, originalidade, experiência e propriedade no que diz, todos critérios inteiramente independentes do contexto, dos assuntos, dos materiais, do ambiente ou da cartilha, que é o que um professor inferior geralmente usa para justificar sua inferioridade. Não! Tudo isso diz respeito à pessoa Jonas, evidenciando que ser educador é parte de sua natureza, é o seu lugar próprio, seu “aí” enquanto Ser. É o elemento civilizador uma vez mais brilhando sobre a terra. A todo esse nível de excelência, que julgo aqui objetivamente apesar da filosofia e da historiologia implícitas, e que mal cabe numa escala numérica, dou nota 5 de máxima excelência, de desempenho excelso em seu sentido mais primigênio: o que vem do céu, do alto, dos reinos celestiais e sublimes. Ouso ainda dizer, com a bênção das musas, às quais solicito humildemente que me concedam esta breve licença poética apesar de em nada ser grego: foi de uma excelência deveras zeálica, isto é, que desce diretamente dos portões mágicos do Reino de Zeal.

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